Tenho que admitir que sofro de um mal chamado preguiça e muito me envergonho disso. E, lamentavelmente, essa preguiça vem si transformado numa epidemia na sociedade contemporânea. Tanto que ações, como optar por caminhos mais fáceis, adiar compromissos ou abandonar projetos antes do término têm sido banalizadas, refletindo uma preguiça não só física, mas de pensar, agir e sentir. Essa comodidade vai de encontro ao desenvolvimento, afinal, impede que novas competências sejam descoberta e não estimula a capacidade mental. Até porque toda essa preguiça pode representar um empecilho para superarem-se as próprias limitações.
Psicólogos afirmam que a preguiça alimenta-se de vitórias passadas, por apoiar-se e satisfazer-se com antigos méritos. No caso dos jovens, dizem, ainda, que muitos se tornam preguiçosos devido à grande proteção de seus pais que, mesmo sem querer, restringem suas responsabilidades. Talvez, assim como outras, todas essas explicações façam sentido ou estejam interligadas. Só que, ao considerar a sociedade contemporânea, acredito que as tecnologias têm agido como agravantes da comodidade.  Isso se torna muito evidente quando observamos a dependência de muitos jovens na internet e a maneira como a utilizam. Gastam-se horas acessando redes sociais e vendo sites de conteúdo cômico, eu mesma me incluo nesse grupo. Preencher o tempo dessa maneira é como se estivesse “enxugando gelo”.  E o problema é que, dessa maneira, estamos prejudicando tanto a si mesmo, como a sociedade em geral, pois a acomodação funciona como um empecilho para o aprimoramento e a fluidez de atividades.
A questão não é extinguir o tempo ocioso, mas saber controlá-lo. O pior preguiçoso é aquele que fica justificando suas faltas a exemplo de outros ou, ainda, que acredita ter muitas competências, mas nunca enxergar a oportunidade certa para pô-las em prática. O que é certo, porém, é que só por meio de nosso esforço podemos conquistar vitórias em nossas vidas. Agora a preguiça é algo bem pessoal, só reconhecendo-a para conseguir superá-la. Eu, pelo menos, já estou determinada a vencê-la.

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Eu sou um verbo que se traduz em viver e sonhar. E acredito que, por meio do amor, os bons pensamentos podem construir a realidade.

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